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terça-feira, novembro 13, 2007

o «milagre chinês»

O MILAGRE CHINÊS

Com dimensões continentais, a China é o 3° maior país da Terra, ficando atrás somente da Rússia e do Canadá. Com um território de 9.600.000 Km2, que se estende das montanhas do Tibete até ao Pacífico.



Mas o grande destaque da China é a sua gigantesca população, a maior do globo: em cada cinco habitantes da Terra, um é chinês. Actualmente, porém, o crescimento demográfico é de apenas 1% ao ano, de que resulta um impressionante acréscimo anual de 10 milhões de pessoas. A sua esperança média de vida era em 1949 de 40 anos e de 71,4 anos em 2002. Em 2004 aquele país tinha 112 milhões de idosos e o governo prevê que o número de chineses com mais de 65 anos chegará a 300 milhões em 2027.
Entre os 1,3 biliões de chineses sobram homens: eles são hoje 40 milhões a mais do que as mulheres. A sua rede urbana é composta por 20 cidades com mais de 5 milhões de habitantes e 100 com mais de 1 milhão; Cantão, Pequim (a capital) e Xangai contam na actualidade com 14,15 e 20 milhões de habitantes, respectivamente e terão mais de 30 milhões de habitantes, cada uma, em 2020, segundo os prognósticos dos principais especialistas ocidentais que prestam assessoria o governo da China em urbanismo. Todos os anos, cerca de dez milhões de trabalhadores saem dos meios rurais para as cidades. Espera-se que em 2008 haja 200 novas unidades hoteleiras só na cidade de Xangai.



Cerca de dois terços dos chineses que estudaram em outro país desde a década de 80 escolheram não voltar ao país, segundo o jornal China Daily. Desde 2002 mais de 100 mil estudantes foram para outros países, mas os números dos que voltaram foi de apenas 20 a 30 mil, segundo o relatório. No Tibete, só metade da população sabe ler e escrever, ao passo que mais de 97% da população de Pequim, Xangai e Tijian é alfabetizada. Concomitantemente, em 2004, dois milhões de chineses formaram-se em Tecnologia e Ciência.
A China é o maior caso de sucesso em todo mundo em termos da economia global, e tudo indica que para 2016 estará ao lado do Japão e daqui a 4 dezenas de anos ultrapassará a economia dos EUA. A República Popular da China - que gera uma riqueza anual 14,1 vezes superior à de Portugal, segundo a Goldman Sachs, ou seja, cerca de 20,7 biliões de euros - representa 16,82 por cento de toda a riqueza mundial.

De acordo com dados da ONU, a China conseguiu retirar 250 milhões de pessoas da pobreza nos últimos 25 anos. Durante o mesmo período, porém, a desigualdade de rendimento duplicou. Este milagre baseia-se numa taxa de crescimento invejável que ronda os 9% ao ano desde 1978 e que permitiu à RPC multiplicar o seu PIB por cinco, nos últimos trinta anos.
È considerável observar os números deste gigante económico. A indústria chinesa é das mais competitivas do Mundo: com um salário mínimo de 30€ mensais os trabalhadores não têm quaisquer direitos, incluindo o direito a férias salvo raras excepções. É o primeiro país do mundo em IDE (2002), é o primeiro produtor mundial de têxteis e televisores, com uma classe média de 300 milhões de pessoas. Dois bancos chineses, ISBC e Banco da China estão entre os dez maiores do mundo.
A empresa Galanz fabrica 40% dos microondas da Terra e 70% das fotocopiadoras são feitas também na China, assim como 55% dos leitores de DVD, 30% dos microcomputadores, 25% dos aparelhos de TV, 20% dos sistemas de som de automóveis, 70% dos isqueiros e 50% de lâmpadas de natal do mundo. A China é também a principal exportadora de brinquedos. No ano passado, a China exportou 22 biliões de brinquedos, o equivalente a 60% das vendas mundiais.






Paralelamente, a China consome 8% de todo o petróleo extraído do mundo, 25% do alumínio, 30% do minério de ferro, 31% do carvão, 36% do aço, 55% da produção mundial de cimento e 27% de todos os produtos siderúrgicos. O resultado é que apenas em 2003 as importações cresceram 39, 9%, totalizando U$$ 438,4 biliões de dólares e tornando a China no terceiro maior importador do mundo. Foram comprados a outros países 91,12 milhões de toneladas de óleo, 28,24 milhões de toneladas de produtos de óleo refinado, 37,17 milhões de toneladas bobinas de aço, 5,61 milhões de toneladas de óxido de alumínio e 148,13 milhões de toneladas de minério de ferro.

A República Popular da China ultrapassou a Alemanha tornando-se o terceiro maior fabricante mundial de automóveis, depois de aumentar a produção em 27,3% no ano passado. A China produziu 7,3 milhões de automóveis em 2006, aproximando-se do Japão e dos Estados Unidos, actuais líderes mundiais neste sector, de acordo com o director da área de exportações da indústria mecânica do Ministério do Comércio chinês, Zhi Lusun. Em 2006, a China já tinha ultrapassado o Japão como segundo mercado mundial de veículos automóveis, com um volume de vendas de 7,2 milhões de unidades, numa lista ainda encabeçada pelos E.U.A.
Um dos segmentos que mais cresce no mercado automóvel chinês é o de carros de luxo, cujas vendas aumentaram 24% em 2006. Somente em 2005, a Jaguar elevou as suas vendas em 220%. A China também é o terceiro maior comprador de modelos da Rolls-Royce, perdendo apenas para os Estados Unidos e Grã-bretanha.
Todavia, a China representa também 60% da contrafacção mundial de artigos de luxo: 1/3 da contrafacção que entra na Europa é de origem chinesa. A falsificação movimenta algo “entre US$ 19 a US$ 24 biliões por ano.” De acordo com a AIE, 80 por cento da poluição de CO2 em 2002 foi emitida por 22 países liderados pela China que lançou na atmosfera no, ano passado, 6,2 biliões de toneladas de gás (14%) carbónico, contra 5,8 biliões dos EUA.
A poluição do ar nos grandes centros urbanos é alarmante - 16 das 20 cidades mais poluídas do mundo estão na China. Tianying, centro da produção chinesa de chumbo, com 160 mil habitantes está entre as dez áreas mais poluídas do mundo. As concentrações de chumbo no ar e no solo estão entre 8,5 a 10 vezes acima dos padrões de saúde nacionais e o nível de pó de chumbo é 24 vezes mais elevado que o recomendado pelos mesmos padrões. Além disso, “a poluição do ar é tanta que mal dá para ver alguma coisa”, dizem os habitantes


A origem desse problema está, em grande medida, na dependência do carvão que assegura dois terços das necessidades energéticas do país. As minas chinesas são as que mais mortes causam no mundo, com uma média diária superior a 13 vítimas. Desde o início do ano morreram mais de três mil pessoas em acidentes nas explorações de carvão.
O acesso aos recursos hídricos já é um grande problema em várias áreas do país. O desenvolvimento económico tem levado a uma rápida desflorestação, além da erosão do solo - áreas cada vez maiores do território chinês são classificadas como deserto. A poluição na China custa ao país mais de 156 mil milhões de euros por ano.
Segundo as estatísticas oficiais a China foi o quarto maior destino turístico mundial em 2004, recebendo 41,76 milhões de turistas. Entre Janeiro e Agosto de 2005, cerca de 20,46 milhões de turistas chineses viajaram para o estrangeiro. O mundo conviverá, cada vez mais, com este cenário: 100 milhões de chineses viajarão para o exterior a cada ano já na década de 20, aposta a Organização Mundial do Turismo.
Mas a pobreza é grande, o acesso à educação e a serviços de saúde são caros ou inexistentes. O nível de consumo aproxima-se da subsistência e a forma de previdência mais amplamente usada é o filho sustentar os pais.



— Trabalho das 6h às 18h todos os dias, incluindo os fins de semana, porque só assim consigo fazer os 1.200 yuans (30 euros) que me ajudam a alimentar os meus pais e o meu filho — diz Shi Hong Xinh, 40 anos, motorista de um tractor na cimenteira Jing Dong.
Os números da ANE mostram que os 10% mais ricos das cidades chinesas possuem hoje 45% da riqueza do país. E pior: o rendimento médio dos 10% mais ricos do país é 11,8 vezes maior que o rendimento médio dos 10% mais pobres (a maioria no campo). Há apenas dez anos, segundo a ANE, esta proporção era de apenas 4,1 vezes.
Uma pessoa que vive na cidade ganha em média US$ 1 mil por ano, contra apenas US$ 300 no campo. A expectativa de vida média para a população urbana é 5 anos superior que aquela para os habitantes da zona rural.


O IDH em 2003 era 0,75, o que coloca o país em 85 lugar numa lista de 177 países. O que puxa para baixo este índice? A população rural do país.
O preço da carne aumentou 49%; o dos ovos, 23,6%, e o do óleo de cozinha 34%. A média do aumento do índice de preços no consumidor (IPC) dos alimentos foi de 18,2% em comparação com Agosto de 2006.
Desde a reforma económica chinesa, a inflação tem ampliado as desigualdades sociais. Segundo a imprensa há 106 bilionários na China, o segundo país com maior número a seguir à Meca do capitalismo, os Estados Unidos. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico, calcula que somente em 2004 a corrupção na China engoliu algo entre 50 e 84 biliões de dólares.
A corrupção é uma das causas do elevado número de mortos no sector mineiro, com os donos das minas a pagar às autoridades locais para ignorarem a aplicação das regras de segurança em busca da maximização dos lucros.
A China é o maior mercado mundial de telemóveis, com mais de 300 milhões de utilizadores. Além disso tinha 137 milhões de utentes de internet no final de 2006, um aumento de 23% em relação ao ano anterior. Nos Estados Unidos são cerca de 210 milhões (ou 70% da população). Mas a China também foi criticada por censurar a internet, principalmente páginas que o governo julga subversivos ou ofensivos. Várias pessoas foram presas nos últimos anos por produzirem este tipo de informação. A China continua a ser o país que leva a cabo mais execuções. A Amnistia Internacional registou mais de 1000 execuções na China só em 2006, mas os números sobre a pena de morte são segredo de estado na China e é de crer que o número real esteja muito próximo das 8000 pessoas.
Por outro lado, o Governo liderado pelo Presidente Hu Jintao tem cada vez mais dificuldades em manter a ordem social – em 2006, o número de motins e greves ultrapassou a barreira dos 90 mil.


 

 
 

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