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sábado, março 29, 2008

A destruição da amazónia


A destruição da floresta amazónica abrandou em cerca de 25 por cento em 2007. O presidente do Brasil, Lula da Silva, já felicitou a «saúde» do «pulmão do Mundo». Ao comentar o último relatório divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente, o presidente brasileiro explicou que, com a redução da destruição da floresta amazónica, o país evitou a emissão de 410 milhões de toneladas de dióxido de carbono, a eliminação de 600 milhões de árvores e a morte de mais de 20.000 aves e 750.000 primatas. «O desafio que superámos foi saber utilizar a selva e a preservação ambiental como forma de fazer com que a vida das pessoas seja melhorada», declara o chefe de Estado brasileiro.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, considera que o resultado é fruto de um programa governamental iniciado em 2003 para travar a devastação da Amazónia, que nos últimos trinta anos perdeu uma superfície equivalente à França.
Ainda assim, grupos ambientalistas denunciam que nos últimos seis anos o Brasil perdeu uma área da selva amazónica superior à superfície de toda a Grécia. A taxa da desflorestação na Amazónia caiu 25 por cento entre Agosto de 2005 e Julho de 2006, de acordo com os números do «Projecto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazónia».


Esta é a segunda queda no índice desde Março de 2004, quando o «Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazónia» foi lançado. Desde então, a taxa de desflorestação caiu 49 por cento. Em 2004/05, a área desflorestada na Amazónia foi de 18,8 mil km2; em 2005/06, foi de 14 mil km2. Dos nove estados da região, sete tiveram os seus índices de desflorestação reduzidos. «Retrocedemos ao cenário da década de 1970», diz Marina Silva, referindo-se a um período em que a floresta sofria menos pressão.
A Amazónia é o maior bioma terrestre do planeta. Ocupa uma área superior a 7,7 milhões de km2, dividida entre 9 países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela

A Amazónia brasileira, uma das mais ricas do mundo em biodiversidade, ocupa uma área de 4,1 milhões de quilómetros quadrados, incluindo os Estados do Amazonas, Pará, Acre, Rondónia, Roraima, Amapá e partes do Mato Grosso, Tocantins e do Maranhão. Os especialistas acreditam que apenas 53 por cento da área total da Amazónia brasileira permanece verdadeiramente intacta, tendo o restante sido desflorestado, ocupado ou alterado pelo homem.
Com 60% de sua área em território brasileiro, mais de 200 espécies diferentes de árvores por hectare, 1.400 tipos de peixes, 1.300 pássaros e 300 de mamíferos, totalizando mais de 2 milhões de espécies, a Amazónia representa um terço de toda a área de florestas tropicais do mundo e é essencial para o clima e a diversidade biológica do planeta.


Contudo, nos últimos cinco meses de 2007, cerca de 3.200 quilómetros quadrados da floresta foram destruídos, segundo imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Como as imagens de satélite só registam grandes áreas desflorestadas, o Ministério do Meio Ambiente acredita que o total da destruição pode ter atingido 7.000 quilómetros quadrados.
O aumento da desflorestação levou o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a convocar uma reunião de emergência no inicio deste ano, em Brasília, com a presença de seis ministros ligados ao sector. Uma das medidas analisadas foi o aumento da fiscalização nos pontos críticos, como forma de evitar a desflorestação ilegal da floresta.
As razões para o aumento da desflorestação são o avanço de plantações de soja e da pecuária, nomeadamente nos estados do Mato Grosso e do Pará. "A pecuária e a soja são actividades típicas desses Estados e a realidade económica indica que essas actividades pressionam a desflorestação", salientou a ministra Maria Silva.
Para os ambientalistas, sempre que os preços da soja e da carne bovina aumentam no mercado internacional há uma intensificação da destruição da Amazónia.
Impulsionadas pelas exportações, necessárias para manter a balança comercial brasileira com salvo positivo, a soja e outras commodities agrícolas vêm se tornando uma grave ameaça à floresta. A cultura mecanizada da soja exige extensas áreas planas contínuas para o plantio, obtidas através de amplas desflorestações. Paralelamente, os pacotes tecnológicos associados ao cultivo da soja, que incluem o uso intensivo de fertilizantes químicos, pesticidas e sementes transgénicas devem acarretar efeitos imprevisíveis sobre os complexos e delicados ecossistemas amazónicos.


Apesar da cada vez maior consciencialização da importância da floresta Amazónica para o equilíbrio da composição do ar na Terra em geral e do ecossistema sul americano em particular, o negócio de madeiras raras continua a facturar. E vendem-se em todo o mundo milhões de dólares de madeira proveniente dos trópicos, destruindo dia a dia aquele que é muitas vezes apelidado de "pulmão do mundo".Todos os anos são arrancados da floresta Amazónica 28 milhões de metroscúbicos de madeira em toros.


Um dos grandes flagelos da floresta amazónica são as queimadas, De acordo com a IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que recorreu aos dados recolhidos por satélite, só em 2003, foram detectados no Brasil 213 mil focos de incêndio. No referido relatório, o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, salientou que "a expansão da agricultura tem uma repercussão ambiental". Convém não esquecer que a floresta é um recurso natural não-renovável.
Necessário se torna dizer que o Brasil é o quarto maior emissor de gases de efeito estufa no mundo, e 75% das emissões brasileiras são decorrentes da desflorestação da Amazónia.



Pereira Nunes alertou ainda que se nada for feito, "as regiões a sul e leste da Amazónia [ainda intacta], podem ser a próxima fronteira a ser destruída", anunciou no relatório divulgado pela IBGE.
No interior do Brasil existem inúmeros pequenos agricultores pobres e com fracos recursos cujo único meio de subsistência é a terra. Se não houver apoios financeiros, estes pequenos agricultores vão continuar a usar os mesmos métodos, ou seja, queimam áreas que pertencem à floresta, cultivam o terreno até este deixar de ser produtivo e voltam a recorrer às queimadas. O problema é que esta não é prática comum apenas dos pequenos agricultores; as grandes indústrias agrícolas não deixam de ter a sua quota-parte de culpa.
De acordo com Homero Alves Pereira, o Brasil é um dos maiores exportadores de bens como o café, cana-de-açúcar, sumo de laranja, carne e "é de esperar que ultrapasse, nos próximos anos, os Estados Unidos no que respeita à exportação de feijão", declarou à Reuters. Aquele responsável não deixou ainda de observar: "toda a gente sabe qual é o grande negócio no Brasil: é a agropecuária'. E os dados estatísticos parecem justificar esta afirmação; a exportação de bens agrícolas produzidos nas grandes fazendas brasileiras representa 40 por cento do total das exportações do país.Encontrar um 'meio termo' entre o desenvolvimento sustentável e a necessária produção agrícola continua a ser um desafio num país que apresenta a pior distribuição de riqueza do mundo. Enquanto as soluções não forem equacionadas, a marcha lenta da destruição do "pulmão da Terra" continuará.




Quanto á exploração mineira – outra fonte de desflorestação e poluição - as principais minas em exploração na Amazónia, cerca de cinquenta, extraem dezenas de milhões de toneladas de minério bruto por ano, destacando-se a bauxite, o ferro e o manganês. Estas explorações em larga escala têm provocado danos ao ecossistema que ainda estão por avaliar.
Lado a lado com este padrão organizado de exploração mineral na região, desenvolve-se a mineração dos garimpos, mais extensiva, descontrolada e predatória. São 16 campos ou províncias de ouro nos quais se distribuem centenas de pontos de mineração, utilizando desde técnicas rudimentares até equipamentos modernos de grande porte, operando nas aluviões dos rios.


O perigo maior para as populações e para o ecossistema reside no intensivo uso do mercúrio na extracção do ouro. A relação da quantidade de mercúrio utilizado no processo de extracção do ouro contido nos sedimentos é da ordem de 1 para1, ou seja, para cada quilo de ouro produzido é gasto (e não recuperado) 1 quilo de mercúrio. Estima-se, assim, que estejam sendo utilizadas 120 toneladas de mercúrio por ano nos pontos de garimpo espalhados pela região amazónica.


Fontes:

http://www.ambientebrasil.br.com/
http://www.sivam.gov.br/
http://www.ibge.gov.br/

http://www.greenpeace.org.br/

http://www.scielo.br/


 

 
 

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