A organização não-governamental Oikos - que está a assistir populações afectadas pelas cheias em Moçambique - estima que 35 mil pessoas foram desalojadas e, só no vale do rio Zambeze, poderá ascender a 285 mil o número total de afectados.
«Às dificuldades de apoio a estas 6500 famílias, acrescem perdas que se estimam já em 31.000 hectares de colheitas, bem como dos alimentos armazenados para o seu sustento», afirma Claire Fallender, coordenadora geral da ONG portuguesa em Moçambique, em comunicado hoje divulgado.
Além disso, alerta a Oikos (que tem neste momento uma equipa de 17 técnicos na zona afectada.), à «falta de acesso aos alimentos no momento», junta-se o facto de «as famílias perderem também o que tinham armazenado, bem como os seus campos de cultivo».
As principais medidas em prática são a construção de poços de água, canais de drenagem e poços manuais, instalação de bombas de água a pedal, distribuição de materiais agrícolas, controlo de erosão das zonas afectadas pelas inundações e prevenção de riscos de desastres naturais em escolas.
Actualmente, a Oikos assiste mais de 49 mil pessoas em Moçambique, num total de 11.676 famílias.
As autoridades moçambicanas activaram 13 centros de acomodação em quatro províncias, onde estão temporariamente alojadas cerca de 7.500 famílias, das 41 mil pessoas afectadas pelas cheias que assolam o país.
Segundo dados oficiais, as cheias no centro de Moçambique – país fustigado por fortes chuvas desde Dezembro - provocaram até ao momento seis mortos e 41 mil deslocados e destruíram 17.800 hectares de culturas.
FONTE: SIC ONLINE (adaptado)