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segunda-feira, dezembro 03, 2007

QUANTO CUSTA POUPAR ENERGIA

QUANTO CUSTA POUPAR ENERGIA

"Sistema energético é patético"

Portugal poderia poupar 8% da electricidade que consome investindo 400 milhões de euros em medidas como a generalização de lâmpadas eficientes, utilização de vidros duplos nos edifícios e controladores de potência na indústria. Joanaz de Melo, presidente do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) e professor universitário, garante que, num período de apenas três anos, a poupança energética alcançada seria suficiente para pagar o investimento.
De acordo com o responsável, ao longo dos últimos 30 anos, Portugal tem vindo a "perder terreno" na eficiência energética face aos países da União Europeia a 15, gastando agora mais 30% do que os parceiros comunitários para produzir o mesmo. "Por cada euro de riqueza que geramos, gastamos mais 30% do que os outros", afirma Joanaz de Melo.
A recuperação total deste atraso, adianta, implicaria investimentos de 10 mil milhões de euros, quatro vezes mais do que o Governo prevê que seja investido em barragens nos próximos anos. Um valor elevado, mas que traria benefícios a médio-prazo.
Já a redução de 8% do consumo seria "fácil de conseguir, se houvesse mais informação e incentivos para a aquisição de equipamentos eficientes" por parte das famílias e empresas. O sector dos edifícios, lembra, é responsável por cerca de dois terços do consumo eléctrico e a política energética nacional "não tem promovido" a eficiência.
"Sistema patético"
"O nosso sistema energético é patético", lamenta, aludindo ao facto de se privilegiar a construção de mais dez grandes barragens em vez de apostar na eficiência. Estes grandes projectos hídricos, adverte, apenas vão garantir 3% da energia do país, gerando pesados impactos ambientais e não resolvendo o problema da chamada intensidade energética do Produto Interno Bruto, onde estamos na cauda da UE.
A aposta, sublinha, devia ser no incentivo à poupança energética, ou seja, do lado da procura, e não do lado da oferta de energia através de grandes projectos hídricos que apenas servem para dar trabalho ao "lóbi do betão", numa altura em que todos os grandes projectos - como a alta velocidade ferroviária ou o novo aeroporto de Lisboa - estão atrasados face ao esperado.
O responsável lamenta ainda que não se tomem medidas fiscais de estímulo à poupança, como a diferenciação do IVA dos electrodomésticos em função do seu grau de eficiência energética. "A ausência de políticas coordenadas tem levado ao aumento do consumo (4% ao ano nos últimos cinco anos) e não é fazendo mais barragens que se resolve o problema", afirma.
10 mil milhões de euros
Investimento necessário para baixar consumo eléctrico em 30%. Para reduzir em 8% bastariam 400 milhões em medidas de eficiência de fácil aplicação.
in JN

 

 
 

Última actualização do template: Sexta-Feira, 22 Maio 2009 - 14:32:46 PM

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