Entrada dos franceses em Lisboa - 30 11/1807
Preservar a “integralidade da memória”.
Em Novembro de 2007 comemora-se 200 anos da viagem do príncipe regente D. João (futuro D. João VI) e da sua corte para o Brasil.
Quando o príncipe regente, D. João, recebe a notícia de que os franceses estavam perto de Lisboa “achando-se a Real Família em Mafra”, foi convocado um Conselho de Estado em que ficou decidida a retirada para o Brasil. Junot chega às portas de Lisboa a 30 de Novembro de 1807 com o seu exército, que mais parecia um “bando de miseráveis, ou de salteadores acossados pelo povo e pela justiça, do que tropa regular”, é acolhido por várias delegações do Reino e vindo escoltado até Lisboa por 30 praças. Ao entrar na cidade, Junot constatou o que já temia, dadas as informações que tivera dias antes no Cartaxo. O príncipe regente e a corte haviam embarcado e saído a barra do Tejo em direcção ao Brasil. A transferência da família real foi planeada pelos governos dos dois países, Portugal e Inglaterra, numa Convenção secreta em Outubro de 1807, comprometendo-se o rei inglês a "proteger o embarque da família real e escoltá-la para a América", preparando uma esquadra de seis navios para o efeito.
A Inglaterra contribuiu assim, para evitar o “vexame” de vermos o príncipe regente e a rainha prisioneiros de Napoleão.