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segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Primeiro voo com biocombustiveis



A Virgin Atlantic tornou-se no passado domingo na primeira companhia aérea comercial a cruzar os ares com biocombustível, segundo informou a empresa. Em colaboração com a construtora aérea Boeing e o fabricante de motores General Electric, a companhia aérea do multimilionário Richard Branson testou a eficácia de um voo com biocombustíveis, no caso especifico óleo de coco.O Boeing 747 da Virgin Atlantic, que voou de Londres (Reino Unido) para Amesterdão (Holanda) sem passageiros a bordo, utilizou quatro motores, um com combustível biológico e outros três com convencional, para garantir o bom funcionamento do aparelho se o biocombustível apresentasse algum problema. Uma das desvantagens que este tipo de combustível pode ter é congelar em grandes altitudes. Este foi o primeiro voo com estas características. No dia 1 de Fevereiro deste ano, foi feita uma experiência com um Airbus A380, de Filton (Inglaterra) a Tolouse (França), usando biocombustível sintético, e não natural.
Já em 21 de Junho de 2007, a Virgin tinha realizado a primeira viagem de um comboio de passageiros da Europa abastecido com biodiesel. O trajecto realizou-se entre Londres e o país de Gales. A companhia ferroviária de Branson, a Virgin Trains, afirma que toda a frota pode, no futuro, ser abastecida com a mistura obtida a partir de colza produzida no Reino Unidos, misturada com óleo de soja norte-americano e óleo de palma do Extremo Oriente.
Apesar das críticas dos ambientalistas, que alegam que os mesmos biocombustíveis são prejudiciais ao meio ambiente, Branson acredita que o voo de domingo é "um ponto de inflexão" que permitirá que os aviões comecem a utilizar este tipo de combustível antes do esperado."Este voo de demonstração proporcionará um conhecimento chave que poderemos usar para reduzir as emissões de dióxido de carbono", afirmou o multimilionário. Um estudo recente na revista americana "Science" descobriu que, em alguns casos, como no da desflorestação na Indonésia para plantar óleo de palma, causava mais emissões que a economia posterior provocada pelos derivados do petróleo.

Fonte: Siconline (adaptado)

A invenção da roda




A roda parece ter sido inventada, há cerca de 6000 anos, na região da Mesopotâmia. Foi uma invenção de importância extraordinária, não só porque promoveu uma revolução no campo dos transportes e da comunicação, mas também porque a roda, com diferentes modificações, passou a fazer parte de numerosos mecanismos e contribuiu para um incrível impulso ao progresso humano. Como nasceu a ideia de se construir a roda? Talvez dos troncos que muitos povos, inclusive assírios e egípcios, colocavam sob grandes massas de pedra, a fim de que estas corressem melhor pelo terreno, quando queriam transportá-las.
No início a roda era feita de uma peça de madeira inteiriça, compacta e pesada. Para que ela se tornasse veloz e de mais fácil manejo, fizeram-se inúmeras aberturas, originando-se, pouco a pouco, a roda com raios. Estes eram em número de quatro, mas com o passar do tempo foram aumentando. As rodas com raios apareceram na Mesopotâmia e na Pérsia, no ano 2000 a.C.



sexta-feira, fevereiro 22, 2008

"Quem feio ama bonito lhe parece"

Era uma vez uma menina que não gostava do seu irmão porque ele era feio, tinha uma cara que parecia um macaco.
Todos os dias, à vinda para casa, nem lhe dizia "olá" e, se ele chorasse,não lhe dava carinhos.A sua mãe estava de cama com cancro e não podia cuidar dele e o seu pai estava no estrangeiro a trabalhar para os sustentar.
A menina não ajudava o seu irmão por ele ser semelhante a um macaco.
Quando a sua mãe morreu, o seu pai não soube da notícia e a menina ficou muito triste. Mas, de repente, a menina olhou para a cama da mãe e viu uma carta embrulhada. Foi a sua mãe que a escreveu, antes de morrer. Dizia que o seu irmão podia ser feio por fora mas, por dentro, era lindo.
A menina, a partir daí,nunca mais maltratou o pobre do seu irmão porque, como diziam as palavras da mãe, ela começou a conhecer as pessoas não por fora, mas por dentro.
Não interessa o que as pessoas são por fora, mas sim por dentro.

Raquel da Silva Rodrigues, nº 19, 7º A

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Curiosidades da natureza


A maior cordilheira

Cordilheira dos Andes, na América do Sul, com 8 mil quilómetros.


A montanha mais alta

Mauna Kea, no Havaí, tem 10.203 metros a partir do fundo do oceano Pacífico. Se for considerado apenas o pedaço que fica acima do nível do mar, a montanha conta com 4.205 metros.


O lago mais alto

O mais alto lago navegável é o Titicaca, no Peru, 3.811 metros acima do nível do mar.



Top Thrill Dragster

A mais alta montanha-russa do mundo fica localizada no parque de diversões de Cedar Point, no Estado americano de Ohio. A Top Thrill Dragster tem 128 metros de altura e os carrinhos andam a uma velocidade de 200 km/h.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Dia dos namorados

O Dia de São Valentim, também conhecido por dia dos namorados, teve a sua origem num acontecimento ocorrido na segunda metade do século século III na cidade de Terni, em Itália. O Império Romano era governado, na altura, por Claudius II (268 – 270) que estava envolvido em diversas campanhas militares consideradas demasiado sangrentas, o que levou a dificuldades na recruta de novos soldados para as legiões romanas. Tendo o Imperador considerado que a razão destas dificuldades residia no facto dos homens não quererem abandonar as suas namoradas, esposas e amantes, proibiu todos os noivados e casamentos em Roma. Contrariando essa determinação, Valentim, bispo de Terni, continuou a casar jovens apaixonados. Quando o Imperador tomou conhecimento da celebração dessas cerimónias, ordenou a decapitação do bispo Valentim, facto que ocorreu a 14 de Fevereiro de 270. Em 498, o Papa Gelasius santificou-o, passando o dia da sua morte a estar conotado com os apaixonados.
O costume de aproveitar esta data para oferecer algo a quem se ama, teve início em 1840, quando Esther Howland começou a produzir, em grande quantidade, lembranças para comemorar o Valentine's Day.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Alunos do 6º B em Estudo Acompanhado

Dou-te muito amor Dou-te muito carinho
Amar-te-ei para sempre
És o meu amorzinho.

Catarina


Quando te vi Nunca mais te esqueci
O tempo passou
Apaixonei-me por ti.

Neste dia especial
Que é o Dia de S. Valentim
Apaixonei-me por ti
Agora és tudo para mim.

Paula

No Dia deS. Valentim Há muito amor
E quando estou contigo
Sinto muito calor.

Diana




No Dia de. Valentim
Há sempre muito calor
Porque no ar
Anda muito amor.


Guarda o meu Amor
Para que no Dia de S. Valentim
Te lembres de mim.



Tu és uma rosa
e eu uma flor
Os dois juntos
Formamos um lindo amor.

Leonel


No Dia de S. Valentim Há muito calor
Também há ursinhos e rosas
Mas o que há mais é amor.

No Dia de S. Valentim
Há muita paixão
Quem está apaixonado
Ouve bem o bater do coração

Lúcia




terça-feira, fevereiro 12, 2008

Dia europeu para uma internet mais segura - 12/02/2008

A utilização da Internet é cada vez mais frequente, sobretudo entre as crianças em idade escolar, por isso é essencial o papel dos adultos ou outros elementos mais velhos em especial a família e os professores. A utilização segura da rede Internet, assim como o acompanhamento rigoroso das reacções das crianças perante os conteúdos que acedem on-line deve ser bem supervisionado. Antes de tudo e não esquecendo que as crianças tomam os membros da família como modelos a seguir – “o melhor conselho é o exemplo” - importa enfatizar que o tempo e a forma como é utilizada a Internet, pelos pais e por outros membros da família acaba por despertar a atenção dos mais novos. Este poderá mesmo ser um ponto de partida para estabelecer algumas regras:
·
o acesso à Internet deverá sempre ser acompanhado pelos pais ou outros agentes educativos;
· as crianças podem ter uma conta/acesso personalizado em sites seleccionados pelos pais na sua lista de “favoritos” no browser utilizado;
· os pais devem fazer uma análise dos conteúdos para que melhor possam auxiliar ou guiar os pequenos nas suas viagens virtuais;
· nos browsers, nas opções de segurança, existe também a opção de bloquear janelas pop-up, afastando assim alguma publicidade indesejada.

A informação da Internet poderá também servir de ponto de partida para a realização de actividades em família, em actividades muito diversas. Através da pesquisa ou em secções específicas dos sites, juntos, poderão encontrar e seleccionar, entre muitos outros exemplos, um trabalho de jardinagem, uma actividade científica ou um presente para fazer e oferecer à mãe/pai.

Para mais informação consulte os sites:



http://www.seguranet.pt






domingo, fevereiro 10, 2008

Karate





Karate: das origens aos nossos dias.

No século VI depois de Cristo o monge indiano budista Bodhiarma trouxe para a China os primeiros movimentos desta arte, ensinando-o a outros monges chineses que o adaptaram como exercício diário – no sentido de conseguir a descontracção física e espiritual e também como método de defesa pessoal, já que eram vítimas constantes de salteadores e bandidos e as suas crenças religiosas não lhes permitiam usar armas.
Esta arte com várias designações: Kung Fu ou Kempo foi-se espalhando por vários templos budistas na China a partir do mosteiro de Shaolin, localizado no Norte da China.
Por volta do século XVII desenvolveu-se na ilha de Okinawa, que estava em contacto estreito com a China e Japão, uma arte marcial: o Okinawa-te (mãos de Okinawa). Esta arte marcial resultou da simbiose entre o Kung-fu, ensinado por mestres, mercadores e soldados chineses, com uma arte marcial indígena.
Após a anexação da ilha de Okinawa pelo Império do Sol nascente, os habitantes da ilha foram proibidos de transportar armas. A partir daqui constituíram-se grupos secretos que transmitiam e praticavam á noite os seus conhecimentos desta arte marcial. Os membros do corpo tornavam-se armas perigosas substituindo os punhais e as espadas. Outras artes marciais desta altura faziam uso de utensílios domésticos e agrícolas.
O karaté desta altura tinha como objectivo último a morte do adversário, regra geral os samurais – soldados japoneses treinados na arte da esgrima conhecida por Kendo, ainda hoje praticada dentro e fora do Japão.
Por volta de 1878, o Karate é praticado abertamente em Okinawa pelos mestres Itosu, Igaona e Gigin Funakoshi.

Funakoshi transformou o Okinawa-te no popular Karate (mão vazia), tendo realizado as suas primeiras demonstrações do Karate no Japão em 1922. A sua arte era não só um estilo de luta mas também uma conduta de vida e um conjunto sólido de princípios filosóficos. Na cidade de Tóquio fundou a sua escola intitulada Shotokan,( Shoto era como Funakoshi assinava seus poemas, significando pinheiros ondulando ao vento e kan significa edifício). Os discípulos de Funakoshi construíram um dojo ( lugar do Caminho, onde se praticam as artes marciais japonesas) em sua homenagem e designaram-no de Shotokan. O Shotokan foi destruído durante um bombardeamento aéreo americano na II Guerra Mundial.
No entanto a designação perdurou e mais tarde designou o seu estilo dentro do Karate caracterizado por posições com centro de gravidade muito baixo, e em que a técnica de um "simples" soco directo, pode nunca ser dominada, e só o é com muitos anos de treino, mas quando a técnica é dominada o seu impacto é brutal. No shotokan são levados a sério factos como a concentração e o estado de espírito, pois sem concentração a técnica de pouco vale, devendo estes dois atributos expandir-se com o treino.
O filho do mestre Funakoshi, Yoshitaka, também fez jus ao nome do pai desenvolvendo o karate sobretudo ao nível das técnicas de pés.
Dentro do estilo Shotokan, encontra-se o Shotokai, desenvolvido pelo mestre Egami, discipulo do mestre Funakoshi. Esta variante muito fechada, com uma forte componente mental, trabalhando fundamentalmente, em descontracção, muito baixo, á velocidade máxima e em plena «suplesse». Concomitantemente, aboliu na prática muitas blocagens clássicas e as combinações mecanizadas: em combate o Shotokai não bloqueia, nem esquiva os ataques, ao invés «entra» antes do adversário, donde o incansável treino da velocidade.
A competição dentro do Shotokai é controversa sendo assumida naturalmente por alguns clubes e peremptoriamente rejeitada por outros clubes. Segundo o mestre Tetsuji Murakami, a evolução de um karateca é infindável, na medida em que se a idade diminui o poder físico aumenta o poder mental.
O estilo Goju-Ryu (A Escola do Rígido e Flexivel. Go = rígido; Ju = flexível; Ryu = estilo) foi fundado pelo Mestre Chojun Miyagi, defensor das blocagens e do estatismo e preconizando a concentração da força. O Goju-ryu procura o equilíbrio dos opostos, das energias antagónicas e complementares. Agindo com energia ou brandura, rapidez ou suavidade. O Goju-ryu caracteriza-se também por movimentos circulares. Os Katas deste estilo são executados com contracção ventral de expiração sonora de extremo poder.
O estilo Shito-Ryu foi criado em 1930 pelo mestre Kenwa Mabuni, que veio de Okinawa para Osaka. O estilo criado por Kenwa Mabuni é uma verdadeira síntese dos ensinamentos de diversos grandes mestres de artes marciais.
É o sistema mais extenso de Karate, que se demarca dos restantes pelo vasto número de Katas (mais de 52), pela suavidade e versatilidade das técnicas de combate e pela inclusão de técnicas de chão e pelo uso de armas brancas na sua instrução. É um estilo ideal para competição.
Em 1935, um dos discípulos de Funakoshi, Hironori Otsuka fundou uma escola que designou por Wado-Ryu (Wado ou caminho da paz). Este estilo diferencia-se dos outros pela utilização de técnicas de esquiva (tai-sabaki ou movimentos de esquiva circulares e nagashi), projecções (muito comuns no Judo, no Aikido e no Jiu-Jitsu) e movimentação/troca de guarda (ten-i, ten-tai e ten-gui). Isso resulta do facto de Mestre Otsuka ter praticado Ju-jitsu e Kendo.
No Karate Wado, as técnicas de defesa (ukewaza) são fortemente baseadas na esquiva e na movimentação da anca, em detrimento dos bloqueios simples feitos com os braços e as mãos. Já o ataque é lançado quase simultaneamente à defesa, visando aproveitar ao máximo a força usada pelo adversário no ataque. Um dos princípios do Wado-ryu é obter o máximo de eficiência com o mínimo gasto de energia.
O estilo Kiokushinkai-kan do mestre Oyama Kancho é um Karate espectacular, com teste de quebra Swiwari e explosão do máximo de energia num espaço de tempo relâmpago. Mestre Oyama, natural da Coreia, estudou vários sistemas de luta coreanos e chineses antes de enveredar pela linha de Okinawa, fazendo a apologia de um Karate extraordinariamente perigoso, mesmo em competição. Mestre Oyama tornou-se uma lenda no Japão depois de ter morto, em 1953, um touro de 600 quilos, abatendo-o com um só golpe.





O karate também sofreu alterações ao nível dos uniformes com a adopção do Kimono ou Karategi em conjunto com um cinto de cor indicando o progresso de cada aluno – ambos criados pelo mestre Jigoro Kano fundador do Judo.
Como foi adoptado pela cultura japonesa, o karate está imbuído de certos elementos do zen budismo, sendo que a prática do karate algumas vezes é chamada de “zen em movimento”. As aulas frequentemente começam e terminam com curtos períodos de meditação. Também a repetição de movimentos, como a executada no kata, é consistente com a meditação zen pretendendo maximizar o autocontrolo, a atenção, a força e velocidade, mesmo em condições adversas. A influência do zen nesta arte marcial depende bastante da interpretação de cada instrutor.








Referências bibliográficas:

Mendonça, Ruy - (1975) – Karate e Zen, Gráfica Imperial, Lisboa.
Pfluger, Albrecht – (1969) – Karate I e II, Editorial Presença, Lisboa.
http://www.karatesse.no.sapo.pt/




quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Padre António Vieira - 400º aniversário do seu nascimento

Escritor, pregador: 1608 – 1697

Um dos homens mais notáveis de Portugal, um dos mestres da nossa língua um dos primeiros pregadores do seu tempo, um homem cuja inteligência vastíssima abrangia todos os assuntos e resplandecia em todos os campos. António Vieira nasceu em Lisboa a 6 de Fevereiro de 1608, sendo baptizado no dia 15 desse mês na Sé metropolitana da mesma cidade. Era filho de Cristóvão Vieira Ravasco, fidalgo de nobre ascendência, e de D. Maria de Azevedo. Aos seis anos vai para o Brasil com os pais e fixa-se na Baía. Em 1623 inicia o noviciado na Companhia de Jesus. Ordena-se sacerdote em 1635, exerce as funções de pregador nas aldeias baianas e começa a granjear notoriedade como pregador. Os primeiros sermões já reflectem as preocupações sócio-políticas de Vieira porquanto a colónia da Baía lutava contra as invasões dos holandeses. Em 1641, restaurada a independência, regressa a Portugal e cativa o favor de D. João IV. Por isso, inicia em 1646 missões diplomáticas na Europa. Volta ao Brasil em 1653, para o estado do Maranhão, depois de se envolver em questões relacionadas com a Companhia de Jesus. Aí toma um papel muito activo nos conflitos entre jesuítas e colonos, como paladino dos direitos humanos, a propósito da exploração dos indígenas. No ano seguinte prega o " Sermão de Santo António aos Peixes ". É expulso do Maranhão pelos colonos, em 1661, e regressa a Lisboa. Em 1665 é preso em Coimbra pelo Tribunal do Santo Ofício sob a acusação de acreditar nas profecias do poeta Bandarra. Três anos depois é amnistiado e retoma as pregações em Lisboa. Em 1669 parte para Roma e obtém grande sucesso como pregador, combatendo o Tribunal do Santo Ofício. Regressa a Portugal em 1675; mas, agora sem apoios políticos e desiludido pela perseguição aos cristãos-novos (que tanto defendera), retira-se de vez para a Baía em 1681 onde se entrega ao trabalho de compor e editar os seus Sermões.A sua prosa é vista como um modelo de estilo vigoroso e lógico, onde a construção frásica ultrapassa o mero virtuosismo barroco. A sua riqueza e propriedade verbais, os paradoxos e os efeitos persuasivos que ainda hoje exercem influência no leitor, a sedução dos seus raciocínios, o tom por vezes combativo, e ainda certas subtilezas irónicas, tornaram a arte de Vieira admirável. As obras Sermões, Cartas e História do Futuro, ficam como testemunho dessa arte.
Fonte: Diciopédia (Texto adaptado)

terça-feira, fevereiro 05, 2008

O carnaval de antigamente

No Carnaval de antigamente as pessoas mascaravam-se, pregavam partidas, gozavam com as outras pessoas pois estando disfarçadas podiam fazê-lo sem serem reconhecidas. Faziam "assaltos", que era irem ter com alguém em especial e fazer-lhe a vida negra para se gozar com essa pessoa até se fartar, deixando tudo em desalinho.
O Carnaval de cada terra tinha o seu rei, o Rei Momo, que também tem uma rainha. A corte tem vários ministros (a fingirem ques estão sempre bêbedos) e imensas "matrafonas", que são homens vestidos de mulher ou de forma ridícula. Normalmente havia zés-pereiras que acompanhavam e animavam o desfile, a tocar bombo, ou "tropas fandangas" também a tocar e a fazer disparates. Também apareciam gigantones e outros disfarces."Pelas ruas generalizava-se uma verdadeira luta em que as armas eram os ovos de gema, ou suas cascas contendo farinha ou gesso, cartuchos de pós de goma, cabaças de cera com água de cheiro, tremoços, tubos de vidro ou de cartão para soprar com violência, milho e feijão que se despejavam aos alqueires sobre as cabeças dos transeuntes. Hav
ia ainda as luvas com areia destinadas a cair de chofre sobre os chapéus altos ou de coco dos passantes pouco previdentes e até se jogava entrudo com laranjas, tangerinas e mesmo com pastéis de nata ou outros bolos. Em vários bairros atiravam-se à rua, ou de janela para janela, púcaros e tachos de barro e alguidares já em desuso, no intuito de acabar com tudo de velho que havia em casa.
Também se usaram nos velhos entrudos portugueses a vassourada e as bordoadas com colheres de pau.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

O regicídio - 100 anos depois

1 de Fevereiro de 2008 No dia 1 de Fevereiro de 1908, o rei ao regressar de Vila Viçosa desembarcou no Terreiro do Paço, na linha Sul e Sudeste. Quando a carruagem se dirigia para o paço, o rei D. Carlos foi alvejado pelo caixeiro Alfredo Costa enquanto o príncipe D. Luís Filipe era morto da mesma maneira por um professor, Manuel da Silva Buíça. D. Amélia conseguiu proteger o seu filho mais novo, D. Manuel que sofreu um ligeiro ferimento. Os regicidas foram imediatamente abatidos enquanto a carruagem partiu em debandada para o Arsenal da Marinha.
Este crime deixou toda a opinião pública estupefacta, incluindo os próprios republicanos. Apesar do ódio que o rei começava a suscitar devido à sua política centralizadora, todos reconheciam nele as qualidades de homem de carácter e de dignidade. A sua política repressiva era plenamente justificada pela agitação política que se vivia. Daí que esse acto tivesse sido condenado por todos os sectores da opinião pública, como tendo sido um crime bárbaro e estúpido.

Regicídio, segundo Raúl Brandão

"Os empregados da Fazenda tinham-no notado. Seria um bufo? Os bufos eram tantos, que se não conheciam uns aos outros. – "Eu assisti – diz o Navarro. – Fui para lá uma hora antes fumar o meu charuto. Três descargas cerradas partiram da Arcada do Ministério da Fazenda. Ficou tudo desorientado. Os polícias deitaram a fugir..." Um negociante da Rua de S. Julião teve de os sacudir da escada. "Eu estava a quatro passos – confirma o pintor Melo. – Um homem subiu às traseiras do carro, olhou o rei cara a cara e deu-lhe um tiro de revólver. Vi um fumozinho branco sair-lhe do pescoço. O rei voltou-se e, cem anos que eu viva, nunca mais me esquece a expressão de espanto daquela máscara. Disse uma palavra que não percebi bem..." – "Ao primeiro tiro – continua o Navarro – a cabeça do rei descaiu para a frente, ao segundo tombou para o lado." O Buíça, que tirara a carabina debaixo do gabão, apontava e descarregava. O príncipe real ergueu-se – caiu varado. A rainha, louca de dor, sacudia o Alfredo Costa com um ramo de flores. – Então não acodem?! Não há quem me acuda?! – Ninguém. Um cartucho falhara ao Buíça: sacou-o, e ia apontar outra vez, quando o Francisco Figueira o estendeu à cutilada. Ouvi que, logo aos primeiros tiros, alguém procurara intervir – mas uma roda de gente desconhecida protegeu-o. Sucederam-se então os tiros sem interrupção. Muita gente falou em descargas... A Polícia disparava os revólveres a torto e a direito. O Correia de Oliveira esteve para ser morto: – Vinha de chapéu alto e foi o que me valeu!... Um polícia avançou direito a mim, com o revólver apontado, exclamando como um doido: – Matei agora um! matei agora um!"

R.B.

 

 
 

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